Amigos e familiares de Diogo Jota e André Silva, jogadores que morreram em um acidente de carro na Espanha na quinta-feira (3/7), deram o último adeus aos atletas na manhã deste sábado (5/7). Durante o enterro, a esposa de Diogo, Rute Cardoso, foi filmada totalmente desesperada à beira do caixão do marido. Eles se casaram há menos de duas semanas.

Inconsolável

Uma das cenas mais comoventes, no entanto, envolveu a esposa de Diogo Jota. Em imagens que circulam nas redes sociais, Rute Cardoso aparece inconsolável e chorando muito ao lado do caixão do marido ao deixar a igreja. Ela e o jogador se casaram numa cerimônia que aconteceu no dia 22 de junho.

Segundo o site português Flash, Rute Cardoso saiu destroçada da igreja Matriz de Gondomar e caminhou sempre agarrada ao caixão do marido, amparada por parentes e amigos. Dentro da igreja, ela foi reconfortada pelo jogador Rúben Neves, o melhor amigo de Jota, que voou dos Estados Unidos para participar da cerimônia e prestar apoio à família.

Morte comoveu

O jogador de futebol português Diogo Jota, de 28 anos, morreu em um acidente de carro na Espanha. O atleta da Seleção de Portugal e do Liverpool, da Inglaterra, estava em um veículo que saiu da pista e pegou fogo na rodovia A-52, na região de Sanabria. O atleta estava acompanhado do irmão André Silva, de 26, que também não resistiu aos ferimentos. Ele jogava no Penafiel, de Portugal.

Diogo Jota era casado com Rute Cardoso.

A morte dos jogadores comoveu o mundo e sensibilizou até mesmo quem não é fã de futebol. Diogo Jota e André Silva foram criados na cidade portuguesa de Gondomar, região metropolitana do Porto. Eram filhos de Joaquim, que trabalhava uma empresa de gruas, e Isabel, funcionária de uma fábrica de eletrônicos para automóveis.

Infância

A infância dos dois irmãos foi marcada pelo amor ao futebol e por limitações financeiras. O pai dos atletas contou em 2020, ao site português Maisfutebol, sobre as dificuldades que Diogo Jota viveu com a família antes de se tornar jogador de futebol profissional.

“Ele viu em primeira mão as dificuldades que os seus pais enfrentaram. Éramos operários, ganhávamos pouco mais do que o salário mínimo, e nunca escondíamos as nossas limitações aos nossos filhos”, disse Joaquim. “Não era fácil ter dois filhos no futebol e pagar o que pagávamos. O Diogo nunca nos pediu nada. Ele sabia que não era possível, já tinha essa sensibilidade. É por isso que sabe dar valor às coisas, valor à vida”, afirmou.

Metrópoles