Wimbledon começa sob forte calor e pode ter edição mais quente da história
Temperaturas devem superar o recorde de 29,3°C registrado no início do torneio em 2001

O torneio de Wimbledon teve início nesta segunda-feira (30) com milhares de torcedores enfrentando longas filas desde as primeiras horas da manhã, aproveitando o sol suave típico do verão britânico. Mas quem chegou mais tarde encontrou condições bem mais desafiadoras: uma onda de calor promete marcar a edição como a mais quente da história do Grand Slam sobre grama.
Segundo meteorologistas, a temperatura deve superar o recorde de 29,3°C registrado no início do torneio em 2001. Caso ultrapasse os 35,7°C alcançados em 2015, Wimbledon poderá se assemelhar ao clima escaldante do Australian Open.
“Obviamente, é um dia muito quente”, disse Sally Bolton, diretora-executiva do All England Club. “Mas os atletas estão acostumados a competir em temperaturas assim durante o circuito. Para nós, britânicos, parece especialmente quente.”
Para lidar com o calor, o torneio ativou o protocolo de calor extremo, já utilizado em outras competições. Serão feitas medições do índice de estresse térmico meia hora antes do início das partidas, além de leituras às 14h e às 17h (horário local).
Caso o índice Wet Bulb Globe Temperature (WBGT) atinja 30,1°C ou mais, os jogadores terão direito a uma pausa de 10 minutos.
Na quadra central, o atual campeão Carlos Alcaraz inicia sua campanha pelo tricampeonato enfrentando o italiano Fabio Fognini.
Já a número 1 do mundo, Aryna Sabalenka, encara a canadense Carson Branstine na Quadra 1, que também receberá o duelo entre o britânico Jacob Fearnley e o brasileiro João Fonseca.
O dia ainda reserva um confronto entre britânicas: Emma Raducanu enfrenta Mingge Xu.
Fora das quadras, protestos pró-Palestina foram registrados nos arredores do clube. A organização reforçou que está em contato com a polícia metropolitana para garantir a segurança do evento.
“Esperamos protestos hoje, como em outros anos, em diferentes formas”, afirmou Bolton. “Quanto às bandeiras, as da Palestina não estão proibidas. O foco é assegurar que quem comprou ingresso possa aproveitar o tênis com tranquilidade.”
CNN Brasil
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