Terceirizados da Taurus são presos com quase 2.000 carregadores de pistola
Polícia diz que os equipamentos foram encomendados por facção do RS

Dois funcionários terceirizados que atuam dentro do complexo industrial da Taurus em São Leopoldo (RS) foram presos por suspeita de desviar e tentar comercializar mais de 1.800 carregadores de pistola 9 mm. Segundo a Polícia Civil, o material foi encomendado e seria vendido para integrantes de uma facção criminosa com atuação em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre.
“No mercado legal, cada carregador custa em torno de R$ 400 a R$ 500, dependendo do modelo. Ali tinham três modelos, todos 9 mm”, detalhou Fleck.
A investigação teve início após a polícia receber informações sobre a negociação dos carregadores com membros de uma facção. “Recebemos a informação da negociação destes carregadores com integrantes de uma facção de Gravataí. Foi assim que descobrimos a existência desse esquema”, afirmou o delegado.
Os homens foram enquadrados pelo crime de receptação e foram soltos após pagar fiança. Um dos suspeitos, flagrado com mais de 1.800 carregadores, pagou R$ 15 mil. O outro, que estava com quantidade menor, pagou R$ 5.000. Ambos respondem ao processo em liberdade provisória.
Segundo Fleck, a legislação brasileira não trata o carregador como acessório de arma de fogo na lei de armas. “No entendimento da nossa Justiça, o carregador não constitui acessório de arma de fogo para fins da Lei de Armas. Então, um porte de acessório não entra como tráfico de armas, entra só como receptação”, explicou.
CNN Brasil
COMENTÁRIOS