Cesta básica em Natal tem novo reajuste e compromete mais de 32% do salário mínimo
Com custo médio de R$ 455,03 em junho, o conjunto de itens essenciais pesa mais no bolso do consumidor potiguar

A cesta básica comercializada em Natal teve um acréscimo de 0,45% no mês de junho, conforme levantamento realizado pelo Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal). O estudo, que monitora mensalmente os preços de 40 itens essenciais em 26 estabelecimentos da capital potiguar, revelou que o valor médio da cesta alcançou R$ 455,03 – um aumento de R$ 2,05 em relação a maio.
Entre os produtos com maiores reajustes, destacam-se o feijão-carioca (4,90%), o macarrão espaguete (2,46%) e o café (1,79%) na seção de mercearia. No setor de carnes, os maiores aumentos foram registrados no filé de merluza (3,63%), carne de segunda (2,31%) e carne de primeira (1,17%). No hortifrúti, itens como banana pacovã (3,72%), chuchu (3,04%) e tomate comum (1,16%) puxaram os preços para cima. Já entre os produtos de higiene e limpeza, o sabão em barra (2,19%), creme dental (1,78%) e sabonete (1,75%) foram os mais impactados.
No acumulado do primeiro semestre de 2025, o custo médio da cesta foi de R$ 451,18, com um aumento total de 5,48%. Abril foi o mês com o maior valor registrado até agora, com média de R$ 454,21. Apesar de uma pequena queda de 0,93% em maio, o avanço nos preços retomou o ritmo de alta em junho.
Durante o mês, os preços apresentaram oscilações semanais. A cesta começou o mês custando R$ 457,29, caiu para R$ 454,68 na segunda semana, subiu novamente para R$ 458,37 na terceira e encerrou o período em R$ 449,60. O Núcleo de Pesquisa do Procon explicou que esse comportamento reflete a dinâmica do mercado local: “É comum observar preços mais altos na primeira semana do mês e menores na última, devido ao comportamento do comércio e do consumidor”, destacou o relatório.
Na análise regional, os menores valores médios foram verificados nas zonas Oeste (R$ 443,21) e Sul (R$ 451,18). Em contrapartida, as zonas Norte (R$ 465,56) e Leste (R$ 473,46) apresentaram os preços mais elevados.
Segundo o Procon Natal, o atual custo da cesta compromete 32,32% do salário mínimo vigente, o que equivale a 65,78 horas de trabalho mensais. Para atender às necessidades alimentares básicas de uma família de quatro pessoas, seria necessário um salário mínimo de R$ 5.528,79, segundo estimativas do órgão.
O Procon orienta os consumidores a aproveitarem promoções e a se planejarem antes das compras, já que alguns estabelecimentos oferecem descontos em dias específicos. “Utilizar as informações da pesquisa e planejar as compras pode representar uma economia significativa”, recomenda o Núcleo de Pesquisa.
Os cidadãos podem buscar orientação e registrar reclamações diretamente na sede do Procon, localizada na Rua Ulisses Caldas, 181 – Cidade Alta, ou pelo e-mail: procon.natal@natal.gov.br.
O Poti News
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